Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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TEXTO ORIGINAL

Legenda Sanctae Clarae Virginis - 41

Qualiter eam infirmam Dominus Innocentius visitavit absolvit benedixit

41 Accelerat iam divina providentia suum de Clara implere propositum: accelerat Christus pauperem peregrinam superni regni palatio sublimare. Cupit iam illa et toto desiderio spiratliberari de corpore mortis huius (cfr. Rom 7,24) et in aethereis mansionibus Christum videre regnantem, quem fuerat toto corde in terris pauperem paupercula prosecuta. Artubus itaque sacris veteri morbo detritis, nova cumulatur debilitas, quae et proximam vocationem ad dominum indicat, et sanitatis perpetuae viam parat. 
Festinat sanctae memoriae Dominus Innocentius IV una cum Cardinalibus visitare Christi ancillam, et cuius ultra feminas nostri temporis probaverat vitam, mortem non dubitat Papali praesentia venerandam. Ingressus monasterium, pergit ad lectulum et infirmantis ori manum applicat osculandam. Quam illa gratissime suscipit, et pedem Apostolici summa cum reverentia osculandum exposcit. Ascenso ligneo scabello curialis dominus dignanter pedem accomodat, super quem illa sursum et deorsum inculcans oscula, vultum reverenter adclinat.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda de Santa Clara Virgem - 41

Como, estando ela doente, o senhor Inocêncio a visitou, absolveu e abençoou 

41 A divina providência já acelerava o cumprimento de seu plano para Clara: Cristo tinha pressa de sublimar no palácio do reino superno a pobre peregrina. Ela já desejava e suspirava de todo coração por livrar-se do corpo mortal (cfr. Rm 7,24) para ver reinando nas etéreas mansões o Cristo pobre que ela, pobrezinha, seguira na terra de todo coração. Juntou-se nova fraqueza a seus membros sagrados, gastos pela velha doença, indicando sua próxima chamada para o Senhor e preparando-lhe o caminho da salvação eterna. 
O senhor Inocêncio IV, de santa memória, foi logo visitar a serva de Cristo com os cardeais e não teve dúvida de honrar com a presença papal a morte daquela, cuja vida provara estar acima das mulheres de nosso tempo. Entrou no mosteiro, foi ao leito, chegou a mão à boca da doente para que a beijasse. Ela a tomou agradecida e pediu com maior reverência para beijar o pé do Apostólico. Cortês, o senhor subiu reverentemente a um banquinho de madeira para ajeitar o pé que ela, reverentemente inclinada, cobriu de beijos por cima e por baixo.