TEXTO ORIGINAL
9. Ancho disse che quello anno, de po la morte de la sopra dicta madonna sancta Chiara, vidde uno ultralmontano furioso overo indemoniato, legato con le fune, essere menato al sepulchro de la dicta sancta madonna Chiara, et in quello locho fo liberato.
Adomandato come sapesse questo, respuse che vidde lo infermo de la dicta infirmità et vidde che lì al sepulchro de la dicta sancta Chiara fo subitamente liberato. Adomandato del nome de quello infermo; respuse, che non lo sapeva, però che non era da queste parte.
Adomandato a la invocatione de quale sancto fo liberato, respuse, che al sepulcro de la dicta madonna sancta Chiara. Et questo fo publico et notorio.
Adomandato del mese et del dì che questo fo, respuse, che credeva fusse stato del mese de septembre proxime passato; del dì, disse, non se recordava. Adomandato chi ce fo presente, respuse, che tucti quelli de la piaçça el viddero, et cursero insieme con lui al sepulchro de la predicta madonna sancta Chiara.
Finis. Deo gratias. Amen.
TEXTO TRADUZIDO
9. Também disse que naquele ano, depois da morte da senhora Santa Clara, viu um estrangeiro furioso, ou então endemoninhado, sendo levado amarrado ao sepulcro da santa dona Clara, e naquele lugar foi libertado.
Interrogado como sabia disso, respondeu que tinha visto o homem que sofria dessa doença e também como foi curado de repente no sepulcro de Santa Clara. Interrogado sobre o nome do doente, respondeu que não sabia, pois ele não era destas partes.
Interrogado sobre o santo que tinham invocado para curá-lo, respondeu que foi no sepulcro da senhora Santa Clara. E isso foi público e notório.
Interrogado sobre o mês e o dia em que isso aconteceu, respondeu que achava que tinha sido no mês de setembro próximo passado. Sobre o dia disse que não se lembrava. Interrogado sobre quem estava presente, respondeu que todos os que o viram na praça e acorreram com ele ao sepulcro da senhora Santa Clara.
Fim. Graças a Deus. Amém