Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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  • Fontes Históricas
  • Processo de Canonização

TEXTO ORIGINAL

Processo di Canonizzazione - 1,15

Del miracolo de l’olio. 

15. Ancho disse questa testimonia, che la vita de la predicta beata Chiara fu piena de miraculi. Imperò che una volta essendo ma[n]chato l’olio nel monastero, in tanto che non ne havevano niente, epsa beata Madre chiamò uno certo Frate de l’Ordine Minore, lo quale andava per le elemosine per loro, chiamato frate Bentevenga, et disseli che andasse ad cerchare de l’olio, et lui respose che li apparechiassero el vaso. Allora epsa madonna Chiara tolse uno certo vaso et lavollo cum le proprie mane, et puselo sopra uno certo murello, lo quale era apresso lo uscio de la casa, ad ciò che lo predicto Frate lo togliesse. 
Et essendo quello vaso stato li per una picchola ora, quello frate Bentevenga, andando per quello vaso, lo trovò pieno de olio. Et essendo cerchato diligentemente, non fu trovato chi ce lo avesse messo. Adomandata in quale modo sapesse questo, respose, che, stando epsa in casa, vide quando epsa madonna trasse fore lo vaso voito et reportollo pieno. Et diceva che non sapeva chi lo avesse impito, nè como fusse stato impito. Et frate Bentevenga diceva questo medesimo. 
Adomandata de que tempo fu questo respose che fu circha lo secondo anno da poi cho vennero ad abitare nel monasterio de Sancto Damiano. Adomandata de que mese fu et de que dì, respose che non se recordava. Adomandata si fu de state o de verno, disse che fu de state. Adomandata quale Sore allora ce furono presente; disse che ce era stata sora Agnese sorella de sancta Chiara, la quale poco innante era passata de questa vita; sora Balvina, la quale fu Abbadessa del monasterio de Vallis Glorie, la quale ancho è morta; et sora Benvenuta da Peroscia, la quale anchora vive. 
Et giurò sopra le predicte cose, et disse anche epsa testimonia, che essa non poteria cum sua lingua explicare li miraculi et le virtude, li quali lo Signore haveva mostrati per epsa beata Chiara.

TEXTO TRADUZIDO

Processo de Canonização - 1,15

O MILAGRE DO AZEITE 

15. A testemunha também disse que a vida da predita bem-aventurada Clara foi cheia de milagres. Pois uma vez, tendo faltado azeite no mosteiro, como não tinham mais nada, a bem-aventurada madre chamou um frade da Ordem dos menores que ia pedir esmolas para elas, chamado Frei Bentevenga, e lhe disse que fosse procurar azeite. Ele respondeu que lhe preparassem o vasilhame. Então dona Clara tomou um vaso, lavou-o com suas próprias mãos e o colocou sobre uma mureta que ficava perto da saída da casa para que o frade a pegasse. 
E tendo esse vaso ficado ali por uma horinha, quando o Frei Bentevenga foi procurá-lo, encontrou-o cheio de azeite. Investigaram diligentemente e não descobriram quem o tinha colocado. Interrogada sobre como sabia disso, respondeu que estava em casa e viu quando a senhora levou o vaso vazio e o trouxe cheio. E dizia que não sabia quem o podia ter enchido, nem como tivesse sido enchido. E Frei Bentevenga dizia a mesma coisa. 
Interrogada sobre o tempo em que isso aconteceu, respondeu que foi lá pelo segundo ano depois que vieram morar no mosteiro de São Damião. Interrogada sobre o mês e o dia respondeu que não se lembrava. Interrogada se tinha sido no verão ou no inverno disse que foi no verão. Interrogada sobre as Irmãs que estavam presentes, disse que tinham sido a Irmã Inês, irmã de Santa Clara e recentemente falecida; a Irmã Balvina, que foi abadessa do mosteiro do Vale da Glória, que também já morreu; e a Irmã Benvinda de Perusa, que ainda vive. 
E jurou sobre essas coisas, e também disse que ela, testemunha, não poderia explicar com sua língua os milagres e as virtudes que o Senhor tinha mostrado através da bem-aventurada Clara.