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TEXTO ORIGINAL

Cronica de Frei Tomás de Eccleston - 106

106. Incidens. In praedicta collatione dixit frater Albertus parabolam contra praesumptionem iuvenum, dicens, quod taurus quidam ibat quotidie per prata et blada, ubicumque voluit, et cum die quadam circa horam primam vel tertiam divertisset ad aratrum et videret quod seniores boves pedetentim incederent et parum arassent, culpavit eos et dixit, quod uno impetu tantum fecisset; et rogaverunt eum, ut iuvaret eos; et cum positus esset sub iugo, cucurrit cum impetus nimisque ad medium sulci et lassatus incepit palpitare, et respexit dicens: “Quomodo? Non est adhuc totum consummatum?” Et responderunt senes quod nondum, deridentes scilicet eum. Et dixit taurus, quod non potuit progredi. Dixerunt autem ipsi, quod ideo moderatius ibant, quia oportuit omnibus modis eos operari et non ad tempus.

TEXTO TRADUZIDO

Crônica de Frei Tomás de Eccleston - 106

106. Adenda: Na conversação anterior, Frei Alberto contou uma parábola contra a presunção dos jovens, dizendo que um touro andava cada dia pelos prados e campos por onde queria. Um dia, por volta da hora Prima ou Terça, aproximando-se do arado e vendo que os bois mais velhos andavam devagar e que tinham arado pouco, criticou-os e disse que teria feito tudo num instante. Pediram que os ajudasse; quando ele foi posto sob o jugo, correu com forte ímpeto até o meio do sulco e, cansado, começou a palpitar e olhou para trás, dizendo: “Como? Ainda não acabei tudo?” Então os velhos, rindo dele, responderam que ainda não. E o touro disse que não podia ir adiante. E eles lhe disseram que por isso mesmo eles andavam mais moderadamente, porque deviam trabalhar continuamente e não só por certo tempo.