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TEXTO ORIGINAL

Cronica de Frei Tomás de Eccleston - 22

22. Londoniae hospitatus est fratres dominus Johannes Iwun, qui emptam pro fratribus aream communitati civium appropriavit, fratribus autem usumfructum eius pro libitu dominorum devotissime designavit; postea vero ipse ut laicus ingressus religionem perfectissimae penitentiae et summae devotionis nobis exempla reliquit. Ampliavit autem aream dominus Jocius, filius Petri, cuius filius optimae indolis ordinem postea devotus intravit et devotior perseveravit in finem.

Capellam vero aedificavit propriis sumptibus dominus Willelmus Ioynier, et ad alias domos construendas circiter ducentas libras per vices contulit, et indefesse usque ad mortem in spiritualitate fratrum, continuis eos beneficiis visitans, perduravit. Ad infirmariam vero construendam contulit centum libras in obitu suo dominus Petrus de Elyland.

Aquaeductum procuraverunt praecipue et mutuis collationibus dominus Henricus de Frowyk et optimae conversationis adolescens Salekinus de Basinges, cooperante tamen amplissime munificentia regia. Alia quoque tam in aedificiis quam in libris, quam etiam in areae ampliatione et aliarum necessitatum sublevatione, tot et tanta et tam multiplicia beneficia omnibus mortalibus admiranda tempore meo vidi Londoniae ab ipso dulcissimo Jesu fratribus provideri, ut merito ab ipsis specialiter supra ceteros amari et honorari debeat et idem in aeternum.

TEXTO TRADUZIDO

Crônica de Frei Tomás de Eccleston - 22

22. Em Londres, o senhor João Iwyn hospedou os irmãos e transferiu para o município a propriedade do terreno comprado para os frades, mas designou mui devotamente aos frades o seu usufruto de acordo com os senhores. Depois, entrando na Ordem como leigo, deixou-nos exemplos da mais perfeita penitência e da mais alta devoção. O senhor Joyce, filho de Pedro, ampliou o terreno. Mais tarde, um filho dele, de ótima índole, entrou devotamente na Ordem e mais devotamente perseverou até ao fim.

O senhor Guilherme Joynier construiu a capela às próprias custas e, para construir as outras casas, doou aproximadamente duzentas libras em diversas vezes, e perseverou incansavelmente até à morte na espiritualidade dos frades, visitando-os com contínuos benefícios. Para construir a enfermaria, o senhor Pedro de Elyland doou cem libras por ocasião de sua morte.

Para construir um aqueduto contribuíram especialmente o senhor Henrique de Frowik e Salekin de Basings, um moço de vida muito boa, mas com enorme colaboração da generosidade do Rei. No meu tempo em Londres, vi também tantos e tão múltiplos benefícios dignos da admiração de todos os mortais, em edifícios, em livros e também para aumentar o terreno e ajudar em outras necessidades que foram providenciados pelo próprio doce Jesus para os frades. Por isso os frades devem aí amá-lo e reverenciá-lo para sempre mais do que os outros, de maneira especial.