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TEXTO ORIGINAL

Cronica de Frei Tomás de Eccleston - 8

8. In diebus illis tam districte cavebant fratres contractionem debitorum quod vix pro extremis necessitatibus debitum contrahere permittebant. Unde accidit, ut frater Agnellus cum fratre Salomone guardiano vellet audire computum fratrum Londoniae, quantum scilicet expendissent infra unum terminum anni cumque audisset, quod tam sumptuose processissent, licet satis parca fratrum exhibitio, proiecit omnes tallias et rotulos et percutiens semetipsum in faciem exclamavit, “Ay me captivum!” et nunquam postea voluit audire computum.

Contigit quoque, ut supervenirent duo fratres ad quendam locum fratrum valde vexati; et cum non esset cerevisia in domo, consilio seniorum accepto, gardianus fecit accipi mutuo unam lagenam cerevisiae; ita tamen quod fratres conventuales qui cum hospitibus erant, inde non biberent, sed simularent se bibere propter caritatem.

TEXTO TRADUZIDO

Crônica de Frei Tomás de Eccleston - 8

8. Naqueles dias, os irmãos se precaviam tão rigorosamente de contrair dívidas que só o permitiam em extrema necessidade. Aconteceu que Frei Agnelo quis saber com o guardião Frei João como estavam as contas dos frades de Londres, isto é, quanto gastavam em um ano, pois tinha ouvido que viviam muito suntuosamente embora fosse bastante parco o seu procedimento. Jogou fora todas as faturas e anotações e, batendo no próprio rosto, exclamou: “Como sou mau!” e nunca mais quis ver as contas.

Também aconteceu que uma vez, chegando dois frades ao Lugar muito cansados e não havendo cerveja na casa, aceitando o conselho dos mais velhos o guardião mandou pedir emprestada uma bilha de cerveja, mas de forma que os frades do convento que estavam com os hóspedes não beberam, mas por caridade fingiram que beberam.