TEXTO ORIGINAL
16 Et cum appropinquasset, audivit fratrem Iuniperum clamorose dicentem: “Cattivelli, non faciatis, quia chorda ista laedit tibiam meam”. Quod audiens Guardianus, cogitans, ut forte esset frater Iuniperus, cuius vocem sibi videbatur audire; facto impetu propter tumultum turbae ad ipsum cum difficultate pervenit. Et cum amovisset pannum lineum, quo iuxta morem eius facies velabatur, cognovit eum et fuit non immerito stupefactus. Frater vero Iuniperus, quasi de propriis passionibus et iniuris non curans, videns Guardianum dixit sibi aliqualiter subridendo: “O Guardiane, quomodo es bene pinguis”! Guardianus vero dolens et lacrymans voluit habitum suum dare fratri Iunipero; sed ille subridendo respondit: “O cattivo, tu es pinguis et non bene stares sine tunica, nolo eam”.
TEXTO TRADUZIDO
16 Quando se aproximou, ouviu Frei Junípero gritando: “Malvados, não façais assim porque essa corda está machucando a minha perna”. Ouvindo isso, o guardião achando que podia ser a voz de Frei Junípero que ele estivesse ouvindo, avançou pelo tumulto da turba e com dificuldade chegou perto dele. Quando tirou o pano de linho que, de acordo com o costume, escondia o seu rosto, reconheceu-o e, com toda razão, ficou estupefato. Mas, como se nem pensasse em seus sofrimentos e humilhações, viu o guardião e lhe disse sorrindo: “Ó guardião, como estás tão gordo”! Mas o guardião, penalizado e em lágrimas quis dar seu hábito para Frei Junípero. Mas ele riu e respondeu: “O malvado, tu és gordo e não vais ficar bem sem a túnica. Não a quero”.