Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

  • Fontes Franciscanas
  • Fontes Biográficas
  • Tomás de Celano
  • Segunda Vida (2Cel)

TEXTO ORIGINAL

Secunda Vita (2Cel) - 186

186 
1 “Honorari eum vice Christi vellem ab omnibus, et in necessariis omnibus ipsi cum omni benevolentia provideri. 
2 Verum oporteret eum non arridere honoribus, neque favoribus plus quam iniuriis delectari. 
3 Propensiore cibo, si quando vel debilis vel lassus egeret, non in abditis sed in publicis locis assumeret, ut aliis tolleretur verecundia debilibus providendi corporibus. 
4 Ad eum maxime pertinet latentes distinguere conscientias, et ex occultis venis eruere veritatem auresque non deferre multiloquis. 
5 Talis denique debet esse, qui retinendi honoris cupiditate virilem formam iustitiae nullatenus labefactet, quive tantum officium plus sibi fore sentiat oneri quam honori. 
6 Non tamen ex superflua mansuetudine torpor nascatur, nec ex laxa indulgentia dissolutio disciplinae, ut cum amori omnibus, sit terrori non minus his qui operantur malum (cfr. Prov 10,29). 
7 Vellem autem eum socios habere praeditos honestate, qui se, sicut ipse, omnium bonorum praeberent exemplum (cfr. Tit 2,7): 
8 rigidos adversus voluptates, fortes adversus angustias, tamque convenienter affabiles, ut omnes qui venirent, sancta cum iucunditate reciperent. 
9 En”, inquit, “generalis minister Ordinis talis esse deberet”.

TEXTO TRADUZIDO

Segunda Vida (2Cel) - 186

186 
1 “Quisera que todos o respeitassem por fazer as vezes de Cristo, e que o atendessem com bondade em tudo que for necessário. 
2 Mas também seria oportuno que ele não se alegrasse com as honras e não tivesse maior prazer com os favores que com as injúrias. 
3 Quando precisasse de comida mais abundante por estar enfraquecido ou cansado, que preferisse fazê-lo em público e não às escondidas, para que os outros também não fiquem envergonhados de alimentar seus corpos enfraquecidos”. 
4 “Cabe principalmente a ele distinguir as consciências escondidas, descobrir a verdade em seus veios mais profundos e guardar seus ouvidos dos falatórios. 
5 Enfim, deve ser tal que jamais macule a beleza austera da justiça pelo desejo de preservar a própria honra, e veja em seu alto ofício mais uma carga que um cargo. 
6 Mas, para que a excessiva mansidão não favoreça a moleza e para que a indulgência demasiada não acabe com a disciplina, ame a todos mas saiba também ser temido pelos que praticam o mal”. 
7 “Gostaria que tivesse companheiros dotados de honestidade, que, como ele, dessem exemplo de todas as coisas boas: 
8 rígidos contra os prazeres, fortes diante das angústias, mas também devidamente afáveis, para receberem com santa alegria todos os que chegarem”.
9 “Assim deveria ser o ministro geral da Ordem”, concluiu.