Página de Estudos das Fontes Pesquisadas

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  • Tomás de Celano
  • Segunda Vida (2Cel)

TEXTO ORIGINAL

Secunda Vita (2Cel) - 19

19 
1 Servabatur ibidem rigidissima in omnibus disciplina, tam in silentio et labore, quam caeteris regularibus institutis. 
2 Nemini, nisi specialiter fratribus deputatis, ibidem patebat ingressus, quos undique aggregatos volebat sanctus esse vere Deo devotos, et ex omni parte perfectos. 
3 Sic et omni saeculari personae omnis penitus praecludebatur introitus. 
4 Nolebat ut fratres exsistentes ibidem, qui sub certo numero arctabantur, ad saeculuarium relationem prurirent auribus (cfr. 2Tim 4,3), ne contemplatione intermissa caelestium ad inferiorum commercia per rumigerulos traherentur. 
5 Non licebat ibidem alicui otiosa verba (cfr. Mat 12,36) proferre, nec referre prolata per alios. 
6 Quod si quandoque per aliquem contingeret, ut ultra non adderet (cfr. 1Re 27,4), poena docente cavebat in posterum (cfr. Qo 4,13). 
7 Sine intermissione (cfr. Act 12,5) diebus ac noctibus (cfr. Ios 1,8) exsistentes in loco divinis erant laudibus occupati, et odore miro fragrantes, vitam ducebant angelicam. 
8 Merito quidem. Solebat enim veterum incolarum relatu Sancta Maria de Angelis alio nomine (cfr. Gen 48,7) dici. 
9 Revelatum sibi a Deo felix pater dicebat, beatam Virginem, inter alias ecclesias ad suum honorem in mundo constructas, ecclesiam illam speciali amore diligere (cfr. 1Pet 1,22); ideoque sanctus eam prae caeteris plus amabat (cfr. 2Cor 12,13; Gen 37,4).

TEXTO TRADUZIDO

Segunda Vida (2Cel) - 19

19 
1 Aí se observava a mais rígida disciplina em tudo, tanto no silêncio e no trabalho, como nos outros pontos da vida regular. 
2 A ninguém se deixava entrar, a não ser os especialmente recomendados aos frades, os quais, reunidos de todas as partes, queria o santo que fossem devotados a Deus e perfeitos de todos os lados. 
3 Era absolutamente proibida a entrada de pessoas seculares: 
4 ele não queria que os frades, vivendo ali em número reduzido, poluíssem seus ouvidos com o relacionamento dos seculares, para não deixarem a meditação das coisas celestes, arrastados para assuntos menos dignos por divulgadores de boatos. 
5 Nesse lugar ninguém podia dizer coisas ociosas, nem narrar as que tinham sido contadas por outros. 
6 Se alguma vez isso acontecia através de alguém, para que não acrescentasse mais nada, ensinando com um castigo, precavia-se para o futuro. 
7 Os que ali moravam ocupavam-se sem intermissão, dia e noite, com os louvores divinos, levando uma vida angelical, trescalando um admirável perfume. 
8 E com razão. Pois pelo testemunho dos antigos habitantes era conhecida pelo outro nome de Santa Maria dos Anjos. 
9 O feliz pai dizia que lhe tinha sido revelado por Deus que a bem-aventurada Virgem amava com um amor especial aquele lugar, entre todas as outras igrejas construídas no mundo em sua honra. E era por isso que o santo gostava mais dela que das outras.