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TEXTO ORIGINAL

Legenda Sanctae Clarae Virginis - 61

61 Puella quaedam de castro Cannarii, clara die in agro sedebat, in cuius sinu mulier altera reclinaverat caput. Et ecce lupus hominum rapax, furtivos ad praedam concitat gressus. Quem tamen puella vidit, sed quia canem credidit, non expavit. Cumque infantula coepto intenderet scrutinio capillorum, efferatur in illam bestia truculenta, eiusque vultum suo vasto hiatu concludens, praedam portabat ad sylvam. 
Surgit protinus mulier stupefacta et sanctae Clarae memor, clamitat, dicens: Succurre, sancta Clara, succurre; tibi in hac hora puellam istam commendo. Ipsa denique, mirabile dictu, quae lupi dentibus portabatur, contra lupum invehitur, dicens: Portabis me tu latro ulterius, tantae Virgini commendatam? Qua invectione confusus, puellam statim in terra molliter posuit, et quasi latro deprehensus, festine discessit.

TEXTO TRADUZIDO

Legenda de Santa Clara Virgem - 61

61 Uma menina do castelo de Canara sentara-se em pleno dia no campo com outra mulher, reclinando a cabeça em seu regaço. Então, um lobo à caça de gente chegou furtivamente à presa. A menina viu-o, mas achou que era um cão e não se assustou. Continuou a acariciar os cabelos e a fera truculenta avançou em cima dela, prendeu-lhe o rosto com suas amplas fauces abertas e correu com a presa para o mato. 
A mulher assustada levantou-se depressa e, lembrando-se de Santa Clara, começou a gritar: “Socorro, Santa Clara, socorro! Eu lhe encomendo agora esta menina!”. Então, coisa incrível, a que estava sendo levada nos dentes do lobo increpou-o: “Você ainda vai me levar, ladrão, depois que me encomendaram a tão santa virgem?”. Confundido, ele a depositou logo suavemente no chão e fugiu, como um ladrão surpreendido.